“QUANDO AS SOMBRAS AMEAÇAM O CAMINHO, A LUZ É MAIS PRECIOSA E MAIS PURA."

(Espírito Emmanuel, in "Paulo e Estêvão", romance por ele ditado a Chico Xavier)

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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O CÉU... E O NEM TANTO DOS VINHOS


Farejando fino os comentários feitos no post anterior, cheguei a umas conclusões – mas leigas, já que não sou nenhum sommelier que gostaria de dividi-las:

No geral s’excomunga o VINHO tão só por seu álcool, esquecendo-se o nobr’encanto de seu sabor. No entanto, sem culpa, aceitamos uma ou duas (ou mais de duas mais...) taças de champanha (um tipo espumante) por ocasião da passagem de Ano. Festejos, dir-se-ia. ‘Tá bom. Aceito.

Então, da só singeleza desse festivo consentimento calha resposta à excomunhão: a dose moderada. Fugimos todos é da ebriedade e não do álcool do vinho...

Da alegre revelação dos gostos pessoais, notei que se tem um pouco o vinho tinto como sinônimo de viripotência, enquanto que ao branco ou doce se dão ares feminis. Pode até ser, mas ouso discordar. Explico-me e até dou alegr'exemplo.

Enquanto neto de italianos escolho a qualidade e o tipo de vinho segundo meu momento, e tão só em função de sua harmonização com o prato pretendido naquele momento. Fujo de heresias com vinhos & pratos.


Mês passado, numa boa viagem que fiz – apesar de não ter o hábito de jantar –, certa noite no restaurante do hotel servi-me duma taça grande de vinho tinto português de médio corpo e o conciliei com macarrão ao molho branco e um saboroso bacalhau a Gomes de Sá. Divino... o meu sono. Sem culpa alguma!

O exemplo: rapazote ainda fui a uma feira-exposição em Paranavaí. Logo na entrada do parque uma imensa e linda pipa de vinho gaúcho. As moças com seus trajes típicos serranos. Eu e os amigos cedemos aos impulsos e “metemos a cara" no vinho doce... A cada duas voltas pelas ruas internas do parque, voltávamos à carga, molhar a garganta...; novo copo daquela tentação doce! A goela agradecia, encantada... e a gente voltava a paquerar as meninas pelo parque afora.

Já passava de uma hora da manhã, o movimento diminuiu, resolvemos ir dormir... Não tinhamos carros ainda e não havia mais circular àquela hora, e o centro da cidade estava longe. ...Mas pelo caminho foi uma tragédia; groguinhos da silva e fazendo pit-stop a todo instante... ¿E depois, pela manhã? A cabeça pesava duas toneladas e o corpo... uma folha de papel ao vento...

É. Ali descobri que vinho é mesmo uma bebida divinal, mas é só mangar do lado feminil daquele doce que envém logo as chamas pelos dentros da gente...

Hoje amo e respeito o DOCE mais que nunca! Sei-lhe e dou valor... !



Imagens: 1 - taça de vinho, by Emo Saloy; 2 - by WEB; 3 - by Vinícola Garibaldi ©RRibeiro