“QUANDO AS SOMBRAS AMEAÇAM O CAMINHO, A LUZ É MAIS PRECIOSA E MAIS PURA."

(Espírito Emmanuel, in "Paulo e Estêvão", romance por ele ditado a Chico Xavier)

Meus Amigos e blogAmigos!

sexta-feira, 5 de março de 2010

CAFÉ, QUEIJO, AMIG'OBSCUROS, E A MOÇA DA PADARIA








Sombrio. Lendo-o, um amigo disse ser decerto text'obscuro.
Abstrato, diria eu, separado, levado por força.
Mas para que a paz sej’estivess'e fosse, absoluto, pleno essencial, absorto propuz:
– Digamos então... obscrato!
Ele:
– “Não! Não vale o que não é ainda. Mas que tal... absturo então!”
– “Ora, sem destoar!” - respondi.

Por fim desporfiando-nos, perfilhamos:
– “Mesmo. O texto er’obscuro com’o debaixo do pires d’toco d’vel’acesa em noturno quarto.” – ele diz.
E, seqüente eu: – “...entanto sua fumaç’ali abstratav’a obscuridão...”
– Tire o rato! - diss’ele.
Vim: – “...Que tal o toco?”
– “O quarto!” - ripostou ele.

Quando vimos o dia já era... Outro!

Deixando o pires e o toco d’vela empós, saímos daquel’escuro sombrio sem brilho, desluz. Com brio, cada.
– “Ufa! A paz... obscur’abstrata.” – disse eu, indo-nos.

E ele: – “É. ...Zé!?
Eu: – “O que é?”
– “O que é é o que é!! E quem vai dizer que não é? Pronto! Isto é que é obscuro...” - ele cadeadou.
– “’Tá bom. Mas você agora foi abstrato...”


Entramos em padaria. Abstratos pedimos: leite no prato e café em pires.
A mocinha jamba e batom trouxe: fatias de queijo minas em pratos e cafés em xícaras piradas embaixo. Tomamos.
...enfiamos a viola no saco e derretemos ru’afora.

– “..........................................” – pausamos enquant’andamos.

Apartando-nos ele disse derradeiro, jáindo: - "Viu como a vida é concreta, Zé? ’Té a mocinha da padaria sabe.”

... o chão escafedeu-me os sobpés, sobrenuvens.
Eu: - "E não é?!..."

Vi mais ninguém comigo; abstratou-me o amig'obscuro...



Imagem: by alexander queiroz