“QUANDO AS SOMBRAS AMEAÇAM O CAMINHO, A LUZ É MAIS PRECIOSA E MAIS PURA."

(Espírito Emmanuel, in "Paulo e Estêvão", romance por ele ditado a Chico Xavier)

Meus Amigos e blogAmigos!

quarta-feira, 27 de junho de 2012

... O POETA DOS BURITIS SORRI HOJE!


- 27 DE JUNHO -

Aniversário de nascimento de

JOÃO GUIMARÃES ROSA

- o Poeta-Mor dos buritis -




(...)


Mas, por cativa em seu destinozinho de chão
é que a árvore abre tantos braços.
 (...)








Imagem 1 - by Baptistão
Imagem 2 - by Poty, em Sagarana/Conversa de bois, de JGR - Liv. José Olympio Edit., RJ, 22ª ed., 1979, p. 309.
Frase - in Grande Sertão: Veredas, de JGR - Liv. José Olympio Edit.- RJ - 9ª ed., setembro/1974, p. 323 



quinta-feira, 21 de junho de 2012

CÂNCER: UM PROBLEMA DE TODOS NÓS




Será realizado na próxima segunda-feira e ainda há tempo para efetuar inscrições.
O evento, GRATUITO, é o único no país a reunir os mais diversos agentes no universo do câncer, tais como representantes dos poderes executivo, legislativo e judiciário (estadual e federal), indústrias de medicamentos, prestadores e associações de pacientes, para debates de questões fundamentais ao enfrentamento do câncer no Brasil.

terça-feira, 12 de junho de 2012

APENAS POR HOJE



 

JUST FOR TODAY


Just for today
I could try to live through this day only
Not deal with all life's problems
Just for today

If just for one night
I could feel not sad and lonely
Not be my own life's problem
Just for one night

If just (for) today
I could try to live through this day only
Not deal with all life's problems
Just for today



If just for one night
I could feel not sad and lonely
Not be my own life's problem
Just for one night

Just for today
I could try to live through this day only
Not deal with all life's problems
Just for today

Just for today

 

APENAS POR HOJE


Apenas por hoje
Eu pudesse tentar viver esse dia só
Sem lidar com os problemas da vida
Apenas por hoje

Se por apenas uma noite
Eu pudesse não me sentir triste e solitário
Não me tornar meu próprio problema de vida
Apenas por uma noite

Se apenas (por) hoje
Eu pudesse tentar viver esse dia só
Sem lidar com os problemas da vida
Apenas por hoje

(solo)

Se por apenas uma noite
Eu pudesse não me sentir triste ou solitário
Não me tornar meu próprio problema de vida
Apenas por uma noite

Apenas por hoje
Eu pudesse tentar viver esse dia só
Sem lidar com os problemas da vida
Apenas por hoje

Apenas por hoje




domingo, 3 de junho de 2012

COMO OS CÃES...



COMO OS CÃES

by Bob*


Não é possível, senhora! - dizia o comendador à esposa - Não é possível!
— Mas se eu lhe digo que é certo, seu Lucas! - insistia a D. Teresa - pois é mesmo a nossa filha quem m’o disse!
O comendador Lucas, atônito, coçou a cabeça:
— Oh! senhora! Mas isso é grave! Então o rapaz já está casado com a menina há dois meses e ainda...
— Ainda nada, seu Lucas, absolutamente nada!
Valha-me Deus! Enfim, eu bem sei que o rapaz, antes de casar, nunca tinha andado pelo mundo... sempre agarrado às saias da tia... sempre metido pelas igrejas.
— Mas - que diabo! - como é que, em dois meses, ainda o instinto não lhe deu aquilo que a experiência já lhe devia ter dado?! Enfim, vou eu mesmo falar-lhe! Valha-me Deus!

E, nessa mesma noite, o comendador, depois do jantar, chamou à fala o genro, um moço louro e bonito, dono de uns olhos cândidos...
— Então, como é isso, rapaz? tu não gostas de tua mulher?
— Como não gosto? Mas gosto muito!
Tá tá tá... Vem cá! Que é que tu lhe tens feito, nestes dous meses?
— Mas... tenho feito tudo!, converso com ela, beijo-a, trago-lhe frutas, levo-a ao teatro... tenho feito tudo...
Não é isto, rapaz, não é somente isso! O casamento é mais que alguma cousa! Tu tens de fazer o que todos fazem, caramba!
— Mas... não entendo...
Ó homem! Tu precisas... ser marido de tua mulher!
— ... Não compreendo...
— Valha-me Deus! Tu não vês como os cães fazem na rua?
— Como os cães? ... Como os cães?... Sim... Parece-me que sim...
— Pois, então? Faze como os cães, pedaço de moleirão, faze como os cães! E não te digo mais nada! Faze como os cães...!
 E, ao deitar-se, o comendador disse à esposa, com um risinho brejeiro:
— Parece que o rapaz compreendeu, senhora! E agora é que a menina vai ver o bom e o bonito...

*****

Uma semana depois, a Rosinha, muito corada, está diante do pai, que a interroga. O comendador tem os olhos esbugalhados de espanto:
— Que, rapariga? Pois então, o mesmo?
O mesmo... Ah! é verdade! Houve uma coisa que até me espantou... Ia-me esquecendo... houve uma cousa... esquisita...
Que foi? Que foi? - exclamou o comendador - Que foi?... eu logo vi que devia haver alguma cousa!
— Foi uma cousa esquisita... Ele me pediu que ficasse... assim... assim... como um bicho... e...
E depois? E depois?
E depois... depois... lambeu-me toda... e...
— ...E?
— ... e dormiu!


*BOB, pseudônimo do poeta OLAVO BILAC (Rio de Janeiro, 16.12.1865 / 28.12.1918), em CONTOS PARA VELHOS.