Caro José Roberto. Não sei se a beleza está na idade - juventude - ou se a beleza está nos momentos históricos: um deles para mim foi a Jovem Guarda. Recuso-me a pensar em alienação, como dão a entender os intelectuais. Ressalvemos o movimento hippie. A ditadura também foi alienante - todas elas o são, mas a minha juventude passou, independente de qualquer julgamento histórico. O importante é amar a vida. E foi na juventude que aprendi a identificar e amar o som suave das guitarras, bem como o das vozes humanas que se preocuparam mais em curtir o que é belo, apesar do mundo normalmente injusto. Cada um encontra seu caminho e seu modo de ser feliz. Fui feliz na infância olhando os passarinhos, escorregando no barro e na chuva, no campo. Enquanto isso, outros maldizem da mesma chuva e do mesmo barro que tanto brinquei nele. Abruptamente saí do campo, ainda na infância, com meus pais, e fui parar na cidade grande, onde existem todos os preconceitos imagináveis, mas eu amei tantas coisas - ninguém me impediu de Amar. Nasci faltando a mão esquerda, nem por isso deixei de ir à escola. Cresci na cidade, trabalhei, me casei, sou pai, vou ser avô - meu primeiro neto está a caminho - viva a vida! Estou sentado próximo ao Monte Agha, talvez ao acaso, numa praia humilde do litoral capixaba, com minha esposa - continuo encontrando o que amar na vida, apesar das decepções. Agha dignifica, na linguagem dos indígenas Puris, que viveram aqui, há muitos anos, lugar de se ver Deus. O preconceito do homem dito civilizado exterminou esse povo indígena. Ele, talvez, estivesse mais próximo de Deus do que seus algozes. A guitarra, para mim, é um instrumento divino. Depende, claro, de quem toca e de quem ouve. O mesmo posso dizer do Monte Agha: depende de quem olha. Grande abraço, amigo. Dê notícias do romance que estava escrevendo. Ler seus escritos faz bem - por favor divulgue-os. Evaldo.
Temos muito em comum quanto á visão da vida, Evaldo. Apesar de algumas sombras, nós conseguimos divulgar a luz mais bela que brilha sobre as coisas linda que a vida tem também. Muit'obrigado pelas belas palavras aqui no bloguinho. Ah, sim, terminei o romance que escrevia. Passei o original para duas pessoas lerem-no; são os "leitores beta", como eu os chamo. Um é uma doutora em literatura portuguesa aqui da UEM (Univ. Est de Maringá), e o o outro é um rapaz que está se tornando especialista nesses assuntos de 'originais'. Meus originais deram 300 páginas numeradas. Como ambos me deram boas sugestões, preciso agora é me reorganizar no meu ofício, para poder encaixar as dicas recebidas. No mais é isso, Evaldo. Abração, saúde e sucessos pra você e os seus. Curta mesmo a vida, porque tudo são seus merecimentos, com certeza. Eu ainda estou longe disso... mas ainda chego lá. (rsrsrs)
BONS TEMPOS...SAUDADES !!!
ResponderExcluirE que saudades, Tito. Abração, saúde e sucessos pra você e os seus.
ExcluirCaro José Roberto.
ResponderExcluirNão sei se a beleza está na idade - juventude - ou se a beleza está nos momentos históricos: um deles para mim foi a Jovem Guarda.
Recuso-me a pensar em alienação, como dão a entender os intelectuais. Ressalvemos o movimento hippie. A ditadura também foi alienante - todas elas o são, mas a minha juventude passou, independente de qualquer julgamento histórico. O importante é amar a vida. E foi na juventude que aprendi a identificar e amar o som suave das guitarras, bem como o das vozes humanas que se preocuparam mais em curtir o que é belo, apesar do mundo normalmente injusto. Cada um encontra seu caminho e seu modo de ser feliz. Fui feliz na infância olhando os passarinhos, escorregando no barro e na chuva, no campo. Enquanto isso, outros maldizem da mesma chuva e do mesmo barro que tanto brinquei nele. Abruptamente saí do campo, ainda na infância, com meus pais, e fui parar na cidade grande, onde existem todos os preconceitos imagináveis, mas eu amei tantas coisas - ninguém me impediu de Amar. Nasci faltando a mão esquerda, nem por isso deixei de ir à escola. Cresci na cidade, trabalhei, me casei, sou pai, vou ser avô - meu primeiro neto está a caminho - viva a vida! Estou sentado próximo ao Monte Agha, talvez ao acaso, numa praia humilde do litoral capixaba, com minha esposa - continuo encontrando o que amar na vida, apesar das decepções.
Agha dignifica, na linguagem dos indígenas Puris, que viveram aqui, há muitos anos, lugar de se ver Deus. O preconceito do homem dito civilizado exterminou esse povo indígena. Ele, talvez, estivesse mais próximo de Deus do que seus algozes. A guitarra, para mim, é um instrumento divino. Depende, claro, de quem toca e de quem ouve. O mesmo posso dizer do Monte Agha: depende de quem olha.
Grande abraço, amigo.
Dê notícias do romance que estava escrevendo. Ler seus escritos faz bem - por favor divulgue-os.
Evaldo.
Temos muito em comum quanto á visão da vida, Evaldo. Apesar de algumas sombras, nós conseguimos divulgar a luz mais bela que brilha sobre as coisas linda que a vida tem também. Muit'obrigado pelas belas palavras aqui no bloguinho. Ah, sim, terminei o romance que escrevia. Passei o original para duas pessoas lerem-no; são os "leitores beta", como eu os chamo. Um é uma doutora em literatura portuguesa aqui da UEM (Univ. Est de Maringá), e o o outro é um rapaz que está se tornando especialista nesses assuntos de 'originais'. Meus originais deram 300 páginas numeradas. Como ambos me deram boas sugestões, preciso agora é me reorganizar no meu ofício, para poder encaixar as dicas recebidas. No mais é isso, Evaldo. Abração, saúde e sucessos pra você e os seus. Curta mesmo a vida, porque tudo são seus merecimentos, com certeza. Eu ainda estou longe disso... mas ainda chego lá. (rsrsrs)
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